quinta-feira, 3 de junho de 2010

CANIDELO DE GAIA - TERRA DE MAR, RIO E RESERVAS NATURAIS

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CANIDELO DE GAIA -

TERRA DE MAR, RIO E

RESERVAS NATURAIS




Não fosse a destruição constante daquilo a que agora as entidades baptizaram de Reserva Natural Local do Estuário do Douro e, este mesmo local seria de facto a Reserva Natural mais espectacular de todo o Concelho e uma das mais importantes do país.
Desde os anos 70, eu assisti, - nós Canidelenses assistimos - impávidos e serenos à devastação de toda aquela imensa área:
Assistimos ao latrocínio das areias ao estuário, durante mais de quantos anos, tantos que a memória se perdeu. Tantos, que, o cabedelo se esvaziou de areias. Tantos, que, as marés avançaram e ganharam pujança ao rio. Tantos, que, as marés galgaram a margem do lado do Porto. Tantos, que, deu para compreender às entidades, que não se poderia extrair mais areia sob pena de por em perigo toda a zona envolvente e, proibida foi a sua continuação. Tantos, que, foi necessário construir mais um paredão de defesa de entrada da barra do lado do Porto e um novo paredão do lado de Gaia para defesa do bico, do cabedelo, do espraiado e de todos os terrenos, contra o avanço do mar. Tantos, tantos, tantos, que, as estradas de toda a freguesia de Canidelo e de Gaia, em direcção ao cabedelo, ficaram literalmente destruídas de esburacadas, provocado pelos enormes e pesadíssimos camiões de transporte, que, num corrupio de vai – e – vem contavam muitas centenas de viagens diárias e milhares semanais.
A partir deste descalabro, outros se lhe acompanharam:
A abertura e a passagem de veículos automóveis para a grande área do areal e das zonas envolventes, apesar de a estrada ser de terra;
A permissão (não havia fiscalização) de se praticar todo o tipo de actos, como a pesca, a caça, a construção clandestina de habitações abarracadas, a construção de barracas de apoio a diversas actividades, o uso e abuso de áreas em parques de campismo clandestinos e tantas outras actividades.
Se por um lado, o programa polis veio melhorar esta zona e, se por outro, já há uns anos para traz esta presidência da junta de freguesia e esta presidência da Câmara Municipal, diga-se em abono da verdade, combateu, debelou e resolveu muitos – ou a quasi totalidade - daqueles problemas, também, agora outro atentado foi cometido, na minha opinião, no que diz respeito às vias construídas pelo dito programa polis, tanto no que diz respeito à via automóvel como à passerelle para peões e desporto; exageradamente em cima da zona a proteger, exageradamente chegada à Reserva. Como as aves terão descanso? E a iluminação… como têm descanso as aves, à noite, com iluminação ali tão por perto?
João da Mestra

É minha pretensão,
que esta, seja de opinião
e não uma crítica destrutiva.
É uma crítica construtiva,
no sentido de que sirva,
para não mais se cometerem
actos semelhantes,
p´ra não mais comprometerem,
os Gaienses e Canidelenses.

João da Mestra




De arma de canos, na mão,
O caçador apareceu,
A garça pensou e tremeu:



- Com dois “cartuxos” vou apanhar,
Vou aqui e agora deixar de voar.



P´rá realidade lhe custou acordar,
Segunda vez tremeu e vibrou,
De todas as orações se lembrou





Rezar; Protegei-me Deus Salvador,
Será desta que eu vou?
Meu Deus, Nosso Senhor.



Ficou a aguardar,
- O tiro custou a sair, -
Será que a arma encravou?



Mas, logo decide ir,
Caminhando devagar,
Como que a disfarçar,
P´ró caçador não se irritar.





Meu Deus, ajudai-me, suplico,
Com duas “cartuxadas” como eu fico?




Oxalá o caçador veja mal,
Que tenha cataratas, bilateral.





Foi andando muito devagar,
Mas pelo disparo sempre à´guardar.




No seu refúgio se resguardou
E, de frente, quando olhou,
Muito surpreso ficou.

Suspirou...




Há…, é só p´ra fotografia,
Mas que grande alegria,
Garças! Graças…! a Garça protegeste,
Minha Nossa Senhora da Vigia.




Que trauma…! com que eu fiquei,
Àqueles furtivos caçadores;
Vinham desde sei lá d´onde,
Desciam por Lavadores,
E para aqui vinham disparar,
Quando nos deviam era proteger,
Quando nos deviam era amar.


*
*
O caçador furtivo e o trauma causado

De arma de canos, na mão,
O caçador apareceu,
A garça pensou e tremeu:
- Com dois “cartuxos” vou apanhar,
Vou aqui e agora deixar de voar.
P´rá realidade lhe custou acordar,
Segunda vez tremeu e vibrou,
De todas as orações se lembrou
Rezar; Protegei-me Deus Salvador,
Será desta que eu vou?
Meu Deus, Nosso Senhor.
Ficou a aguardar,
- O tiro custou a sair, -
Será que a arma encravou?

Mas, logo decide ir,
Caminhando devagar,
Como que a disfarçar,
P´ró caçador não se irritar.
Meu Deus, ajudai-me, suplico,
Com duas “cartuxadas” como eu fico?
Oxalá o caçador veja mal,
Que tenha cataratas, bilateral.
Foi andando muito devagar,
Mas pelo disparo sempre à´guardar.
No seu refúgio se resguardou,
E, de frente, quando olhou,
Muito surpreso ficou.

Suspirou...
Há…, é só p´ra fotografia,
Mas que grande alegria,
Garças! Graças…! a Garça protegeste,
Minha Nossa Senhora da Vigia.
Que trauma…! com que eu fiquei,
Àqueles furtivos caçadores;
Vinham desde sei lá d´onde,
Desciam por Lavadores,
E para aqui vinham disparar,
Quando nos deviam era proteger,
Quando nos deviam era amar.


João da Mestra


Todas estas fotos foram executadas à distância com uma objectiva de 500 mlm.
Posteriormente foi feito zoom em computador.
As aves não foram incomudadas no seu habitat


majosilveiro



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