*
Terras do Litoral, Terras de Portugal
*
CANTO Á MINHA TERRA – GAIA E CANIDELO
*
Não temeis; -
não, não ireis ler Camões - tão-somente, ireis ler um desconhecido -
João da mestra.
*
*
CANTO Á MINHA TERRA – GAIA E CANIDELO
I
Eu sou de Raiz,
natural,
Deste magnífico
litoral;
De Vila Nova de
Gaia,
Localizado em
Portugal.
II
Desta grandiosa
cidade,
Uma autêntica
raridade;
Vila Nova de
Gaia,
Ela foi minha
aia.
III
Litoral de um
belo rio,
Defronte a
"Porto Sentido",
Litoral de um
grande mar,
Com o Rui
sempre a cantar.
IV
Aos pés da
Virgem, do Monte,
Aos pés da
Serra do Pilar,
Logo ali junto
à ponte,
Muito juntinho do
mar.
V
Linda Serra do Pilar,
Do teu alto respiro bom ar;
Vem com a maresia a navegar,
Aquele que vem do mar.
VI
Gaia dos belos
Mosteiros,
Cada um o mais
valioso,
Desde o da
Serra do Pilar,
Ao de Grijó e
de Pedroso.
VII
Gaia, ao Porto estás defronte,
Transmites-lhe a mesma fonte
De energia e maresia,
Quer de noite quer de dia.
VIII
Eu sou desta
querida terra,
De Nosso Senhor
da Pedra,
De Nossa
Senhora da Saúde,
Onde vou muito amiúde.
IX
É este o meu
litoral,
É este o meu Portugal;
Que eu Canto,
porque afinal,
Cantar, nunca
me fez mal.
X
Eu Canto à
linda trigueira Princesa,
Árabe fada,
qual beleza,
Raptada e
trazida para Mea Villa,
Libertada e
levada para Castilha.
XI
Eu Canto ao
vigoroso Rei Ramiro,
Rei da minha
linda Mea Villa,
Combateu os
Mouros com todo o fervor,
Para resgatar o
seu Amor.
XII
Vila Nova,
De Gaia,
formosa,
Nasceste Moura
mas bela,
Maravilhosa.
XIII
Trigueira Árabe
de Burca rosa,
Encanto meu, me
ajoelho a teus pés,
E rezo, eu teu
Romeu,
Sempre que
sofres, de cada vez.
IVX
Eu canto ao São
Gonçalo,
Das terras de
Vila Nova,
Logo no mês de
Janeiro
E depois pelo
ano inteiro.
XV
Eu Canto ao S.
João da Foz,
Que defronte do
Cabedelo,
E das terras de
Canidelo,
Nos dá as
bênçãos, mas que belo.
XVI
Igreja de São João da Foz,
Defronte de Canidelo,
E também da Afurada,
É uma Igreja amada.
XVII
Canidelo, terra de minha mãe,
Canidelo, minha terra mãe,
Canidelo, terra de meus avós,
Canidelo dos meus Pentavós, eu amo-vos.
XVIII
Eu Canto ao Rei
D. Pedro I,
E a sua Dama
Inês de Castro,
Escolheram Canidelo para amar,
Loucos amaram
naquele Astro.
XIX
Eu Canto ao São
Vicente Férrer,
E mais ao
Padroeiro Santo André,
Que a igreja da
minha aldeia,
Com aqueles
Santos nos premeia.
XX
Eu Canto ao
Santo André,
Que, Padroeiro
de minha terra é,
Eu Canto à
minha Terra Natal,
Pois, não
conheço outra, igual.
XXI
Eu Canto à
minha Amada Igreja,
Que Baptizou
todos os Monteiro,
Do meu ramo
familiar,
E manteve o
Queirós a enlaçar.
XXII
Mais cinco de
Mil Setecentos e Cinquenta,
O Queiroz
Monteiro aguenta,
Neste ramo
familiar,
A Canidelo
sempre a Amar.
XXIII
Eu Canto Aos
Queiroz Monteiro,
Que em Canidelo
se fixaram,
Numa grande
família se tornaram,
Com muita
paixão a amaram.
XXIV
Eu Canto aos
Avós e Bisavós Oleiros,
Aos Avós
Tanoeiros e doutras profissões,
Naturais de
Santo André de Canidelo,
Eu envio beijos
aos milhões.
XXV
Eu Canto a S.
Pedro d´Afurada,
Ele protege
nossos pescadores,
Que logo pela
alvorada,
Arriscam a vida
desgarrada.
XXVI
Eu Canto a
Nossa Senhora da Saúde,
Que tem seu dia
a quinze de Agosto,
Nos Carvalhos com
muito gosto,
Meu pai confraternizava,
À Saúde.
XXVII
Eu Canto a
Nossa Senhora da Bonança,
Que inspira os
Candalenses de esperança,
Benzidos pelo
saudoso Padre Correia;
No Céu muito
Amor lhes granjeia.
XXVIII
Eu Canto ao
Senhor-da-Vera-Cruz,
Padroeiro da
Paróquia do Candal,
Meu pai era
daqui natural,
Desta terra de
Portugal.
XXIX
Eu Canto a
Canidelo e ao Candal,
Terras dos meus
pais que casaram,
Para nascerem
de Raiz,
Os seus filhos,
no litoral.
XXX
Eu sou de Estirpe,
natural,
Deste magnífico
litoral,
Esplendorosa
cidade de Gaia,
Localizada em
Portugal.
XXXI
Eu sou de
Estirpe, natural,
Deste magnífico
litoral,
Do morangal de
Canidelo,
De Gaia, sempre
belo.
João da mestra,
Novembro de 2010
EU CANTO A
TERRAS DE CANIDELO –
O LITORAL MAIS
BELO DE PORTUGAL
XXXII
Há muito foste
eleita,
A minha jóia
perfeita,
O meu coração
dourado,
Pelo qual estou
pendurado.
XXXIII
Tu és o meu
Pulmão,
O Fígado, o
Coração,
As pernas, os
braços, a cabeça,
Ama-me, antes
que enlouqueça.
XXXIV
Teu perfume
exala maresia,
Que me sossega
dia após dia,
Tu és o ópio
que me dá na alma,
E o
anti-depressivo que me acalma.
XXXV
Teu perfume
constante a Iodo,
E aquele aroma
do sargaço,
Que vem das
pedras da praia de Salgueiros,
E das pedra
amarelas de Lavadores,
Eu inspiro com
sofreguidão;
Eles são Deusas
que apaixonam o João.
João da mestra
AS PRECIOSAS
PRAIAS DE CANIDELO
XXXVI
Cabedelo, o
bico de areal no rio Douro,
Lavadores, a
praia dos grandes penedos,
Salgueiros, a
praia dos pequenos rochedos,
Canide Norte,
de grandes areais prateados,
Canide Sul, a
praia de areais de ouro;
XXXVII
São de prata
vossos areais de fino grão,
São de ouro as
micro lentilhas de vossos arneiros,
Formando uma
amalgama de areal “silver rand gold” valiosa,
Onde penedos,
incrustados estão, como pedra preciosa.
XXXVIII
Juntamente com
outros, cobertos de verdes algas,
Onde há vida
com sargaço, lapas e moluscos,
Mergulhados, naquele
maravilhoso mar,
À vista, à
distancia de dois palmos,
De extensas e
paradisíacas dunas com verde vegetação.
XXXIX
Aí predomina
extensivamente o chorão,
Formando o
cenário, a panorâmica, de Canidelo, do litoral,
Que é o
esplendor de Portugal.
XL
Terras do Litoral,
Terras de Portugal,
Pintura que eu premeio,
Sei Onde a “fotografei”,
Sei portanto de onde veio;
É Gaia, fotografia “midiatizada”,
No local está assinada:
João da mestra
João da mestra,
de Agosto de 2010 a Fevereiro de 2012
Publicado em 18
de Janeiro de 2011 no blogue de majosilveiro
*
*
*
Eu não sou
ninguém
Eu não sou
ninguém;
não sou
poeta,
não sou
escritor,
somente à
minha terra tenho amor.
Eu não sou
ninguém;
não sou
professor,
não sou
doutor,
somente à
minha terra tenho amor.
Eu não sou
ninguém,
nem sei como
explico,
porquê tanto
amor;
é que eu não
resisto.
Eu não sou
ninguém,
nunca me
envaideci,
somente vou
até si,
pedindo e
chorando,
ame Canidelo,
conforme ELE
o amo a si.
Eu não sou
ninguém;
não sou
presunçoso,
também não
sou vaidoso,
não sou
prepotente;
que gostem
de Canidelo,
solicito somente.
Eu não sou ninguém;
peco
somente,
por ser
resistente
e amar Canidelo,
permanentemente.
Eu não sou
ninguém.
E tu,
quem és?
Alguém?
Então ama
Canidelo,
que,
ficar-te-á bem.
João da
mestra, 26 de Abril de 2011