terça-feira, 20 de julho de 2010

AFURADA - EM VILA NOVA DE GAIA, A VILA VIZINHA DE CANIDELO

AFURADA -

A bela vizinha de Canidelo



A paisagem que se desfruta sobre a Afurada e São Paio - à direita - , da outra banda; do Porto






É esta a paisagem nocturna que os Portuenses desfrutam. Afurada e Afurada de cima, uma só vila piscatória que, é Freguesia do Concelho de Vila Nova de Gaia















Ao fundo, pode ver-se o promontório do Cabedelo e parte do Cabedelo


Igreja da Afurada











*
Convite a me acompanharem à Afurada;

*

Amigas;
Anita, Sílvia, Lea e Beatriz,
Muito prazer em as levar à Afurada,
Beleza de Vila muito petiz,
Vizinha da minha terra amada.
/
E mais aos Amigos,
Zédohermes, Alcindo, Jaime e Nelson
Salomon, JaKarée, Conquilha e Evaristo
E, mais, a todos quantos me comentam,
Vos convido alegremente para isto:
/
Na linda vizinha da minha terra amada,
Logo ao lado de São Paio,
Aí serei vosso lacaio,
Na nossa mui Nobre e linda Afurada;
/
Muita, muita sardinha assada,
Dourada e pescada estufada,
Carapaus e chicharros grelhados,
Solha e bacalhau assados,
/
Enguias e peixe de caldeirada,
Lulas e polvo em espetada,
Grelhado em carvão – peixe-espada,
Sável de escabeche, uma mesada.
/
Ensopado de peixe, um panelão,
Mais uma sopa de peixe e atum,
Creme de marisco, pois então,
Vos deixará cá c´um barrigão.
/
Com um bom vinho por companhia,
Do verde branco, para grelhados,
Tinto verde, para os assados,
Maduro Alentejano e Real Companhia.
/
Velha do Douro, (ai Jesus… o que faz o vinho)
(velha do Douro não é companhia)
Ressalvando: Real Companhia Velha,
Do Douro; Porto, Vintage, o fino - vinho.
/
Terminará com muita alegria,
Onde haverá também muito abraço,
Muitos vivais, entre os convivas,
E, beijinhos, entre os meninos e as meninas.
*
João da mestra



Telhados da Afurada
Barra



Afurada e Porto Foz











Caíque de pesca costeira


Centro da Afurada de cima



Casa mortuária da Afurada



SÃO PEDRO.
O Santo Padroeiro da Afurada






Junta de Freguesia da Afurada





Azulejaria que, em nenhuma casa pode faltar. É tradição, em todos os lares, lá estar, à entrada, o respectivo painel de azulejos, com motivos piscatórios, ou, religiosos.



A reparação, manual, das redes de pesca; Trabalho dos pescadores em terra, enquanto se "descansa" do trabalho no mar. Lide muito minuciosa e demorada.













Aos Patrióticos pescadores


*** Heróis do Mar ***
*
I
*

Há! Portugal, onde te deixaram chegar,
Permitindo deixar acabar,
Com a tradição dos homens do mar,
Que passavam seus dias a navegar,
Sem nunca a casa chegar,
Sem nunca a faina terminar,
Sem nunca seus cestos deixar de carregar,
De peixe, pescado no rio e no mar,
Para ao Povo consolar.
/
Que, passavam seus dias a remar,
As noites, constantes a trabalhar,
P´ra de manhã no porto descarregar,
E os impostos ter de pagar,
P´ro governo de Salazar.
*
II
*

Há! Portugal, onde te deixaram chegar,
Estes políticos que só te souberam arrasar,
Que por inteiro deixaram chegar,
Esta ruinosa economia, a piorar
E eles que te só souberam minguar.
/
Ao povo deixam a fome, matar
Inocentes pescadores que deixaram de pescar,
Par´agora o peixe se importar,
Dos países da CE que, vem já a remelar,
Pelos prazos a ultrapassar.
/
Nas famílias a comida a minguar,
Sem terem onde trabalhar,
Sem terem onde ganhar,
O pão-nosso de cada dia, também a terminar.
Não sabem como se governar:
/
Não podem ir p´ro mar,
As cotas estão a esgotar,
Em terra não podem pescar,
Mas, em terra também não sabem ficar,
A vida deles é no mar.
*
III
*

Acordem governantes,
Isto é de lamentar,
Vocês estão a matar,
Todos estes HERÓIS DO MAR,
Este NOBRE POVO, vocês estão a sacrificar,
E a NAÇÃO VALENTE, a arrasar,
Que nos ensinaram ser IMORTAL, a despedaçar.
LEVANTAI – nos HOJE DE NOVO, p´ra melhorar
O EXPLENDOR desta Nação Secular;
DE PORTUGAL, que, neste estado não pode ficar.


João da mestra

Ponte da Arrábida, que, liga a Afurada ao Porto e, a todas as vias para o Norte de Portugal.








A roupa seca na rua, sempre, é tradição. E tradição muito bonita. Todos os dias a Afurada está em festa, embandeirada, pronta a festejar o regresso dos pescadores que chegam do mar. Há colorido na Afurada, pelas roupas, embandeirando as sacadas, as varandas, as ruas, os largos, tudo. É ver, em dias de melhor tempo, de sol, o quanto de bonito se torna esta típica tradição de pendurar a roupa ao ar livre, à vista, sem complexos.




Paisagem sobre Massarelos - Porto




É constante a subida e descida no rio Douro, pelos imensos barcos de turismo que, às centenas de carreiras, levam os turistas em cruzeiros de maior ou menor distância, que, poderá ser o cruzeiro das 3 pontes, a pouco mais que dois mil metros em cada sentido, nascente e poente, ou, o cruzeiro para um dia, até á cidade da Régua e, ainda para outro mais distante, - para Pinhão. Para oito dias são os cruzeiros até Barca D´Álva e depois para Zamora - Espanha.









A chegada à Afurada da lancha que faz a travessia da Afurada para Massarelos - Porto e vice versa.
É o ferry da população daquela vila piscatória.














O cais da lancha e a noite na Afurada.
A paisagem nocturna da Afurada sobre a marginal do lado do Porto





majosilveiro

4 comentários:

  1. Oi manuel.achei ótoma esta reportagem e fotos;aquelas quadras de acabarem com a pesca em portugal está ótima;pena que não vá aos ouvidos do governo e se forem....eles dizem....povo é povo;;

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  2. Grande homenagem primo!! :))
    É literatura que não acaba mais!!! Muito exaustivo! E é sem dúvida uma sentida e merecida homenagem. Parabéns pelo grandioso trabalho! Abraço do teu primo!

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  3. Palavras verdadeiras meu amigo! Políticos são iguais em qualquer lugar... o povo? "que se dane..."

    Lindas fotos de lugares tão bonitos e certamente acolhedores.

    Obrigada pelo convite.Eu teria imenso prazer em participar desta festa que, com certeza, deve ser maravilhosa!Infelizmente isso não é possível, no momento. Quem sabe um dia!

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  4. Passeio magnífico através do excelente trabalho fotográfico,que ilustra bem as principais características da linda Afurada e freguesias circundantes.Não menos importante,o trabalho poético,que faz excelente homenagem aos valentes pescadores.Muito bem João,isto é que é serviço público(e gratuito)e de quem sente o que está a dizer,a fotografar,em resumo;QUEM AMA A SUA TERRA E AS SUAS GENTES.
    ZédoHermes

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