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EM CANIDELO DE VILA NOVA DE GAIA
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* QUATRO CAMINHOS * VERDINHO * MEIRAL **
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*RUA DA BELGICA * NÓ DO FOJO * AUTO-ESTRADA A1 *
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Escolas Inês de Castro na Rua da Bélgica.
A Rua da Bélgica é a mais longa de todas na freguesia de Canidelo e, é uma das mais longas de Gaia. Possivelmente, também, a mais antiga e a primeira a ser em paralelipípedo. Ela atravessa toda a freguesia e, inicia em Coimbrões junto à ponte do comboio. Depois de passar pela desactivada fábrica do Fojo, pelo nó de auto-estrada com o mesmo nome, pelos Quatro Caminhos, segue em lanços meio sinuosos meio rectas de curtas distâncias, intercalando com rotundas e apertadas curvas e, cortada e desviada pela construção da auto-estrada. Serve o campo de Futebol do clube da terra e segue em direcção ao mar, à praia de Lavadores, depois de atravessar dois importantes lugares; Alumiara e Lavadores.
No lugar de Alumiara, nasce a partir dela, a rua que faz ligação à zona nascente da freguesia de Canidelo - a beira-rio e o Cabedelo - e à vizinha freguesia da Afurada.
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Ao Nó do Fojo
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Edifícios à Rua Tenente Valadim e Nó do Fojo. Em primeiro plano, a auto-estrada nº 1
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Auto-estrada Porto - Lisboa
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A CANIDELO - Vila Nova de Gaia
O Mundo é o meu Universo. Portugal o meu País. Vila Nova de Gaia é o meu Concelho de naturalidade e Santo André de Canidelo a minha freguesia de nascença. Verdinho o lugar e, na Rua do Tenente Valadim a minha primeira residência. Pertenço á Era Cristã e aos anos 50. Gaya já não era Mouro nem Moiro nem Mouraria quando nasci. E já não era a Mea Villa de Gaya. Era já Vila Nova de Gaia. E era Vila. Não cidade. E já estava na Europa. Já sou Europeu desde que nasci. Não estive á espera para entrar na Europa; Já lá nasci. Numa Europa diferente, em que cada País era livre e era Europeu. E em que cada País era Europeu mas livre. Em que não tínhamos que obedecer ou cumprir ordens de nenhum governo central europeu. Nem tínhamos nenhum banco central. Nem moeda única. Existia uma moeda muito fraquinha na altura mas que com ela todo o Povo fazia toda a sua vida sem necessitar de cartões de crédito. Nem de débito. Nem de corrida aos bancos às hipotecas. Nem comprava casa sem pagar. Nem se hipotecava a ele nem á família para a comprar. Hoje compra-se casa a pagar em trinta anos, ou trinta e cinco, ou...., E quem paga? - A correr muito bem será metade o próprio e metade ficará já a hipoteca para os filhos.
Santo André de Canidelo tinha poucas casas. Poucas ruas. Ou antes, tinha três ruas e um "quatro caminhos". Mas, caminhos tinha muitos. Não de cabras, que, nunca as conheci na minha aldeia. Ruelas de terra, caminhos de terra, becos estreitos, becos muitos estreitos, becos com saída e becos sem saída. E o povo morava ali, ele também num beco sem saída. Mas tínhamos praia. E temos ainda praia. Muita praia, por enquanto. Uns quilómetros de praia que vai desde o bico do Cabedelo, ou areal do Cabedelo - da Foz do Douro - até á Madalena. Não é á senhora Madalena, é até á freguesia da Madalena. A freguesia ali vizinha. Mas para que era a praia? Quase ninguém ia para a praia há sessenta anos. Ou ninguém ia mesmo há sessenta anos para a praia. Agora sim. Temos praia com pessoas. E também com gente; muita gente. E também com gentinha. O lixo fica lá, na praia, no areal. Os concessionários depois limpam, ao fim do dia e de madrugada. E temos praias com casas em cima das dunas. E com prédios também, em terrenos roubados às dunas da praia. Casas para morar, casas de férias, casas de praia, onde, um dia qualquer, o mar vai também passar férias à casa. E é a praia o cartão turístico da freguesia. E são as praias o cartão turístico da Vila Cidade de Gaia. E, outro cartão turístico, são os bares de praia e os restaurantes de praia e a vida nocturna de praia. Muito importante é agora Canidelo pela vida nocturna na praia, nos restaurantes de praia e nos bares de praia e pelo carjaking de praia. Mas eu gosto muito, mesmo assim, de Canidelo dos anos dois mil e quase onze.
Mas, gostaria de fazer uma viagem ao passado e conhecer Canidello do séc. XVIII e início de XIX, em que só Ingleses viviam junto á praia, isolados de tudo e de todos, dentro das suas enormes mansões/palácios, com pinheirais próprios, quintas próprias, agricultura própria; feudalismo. Gostava de conhecer como viviam meus avós, bisavós, trisavós e tetravós, mulheres e homens do povo, daquele povo que não tinha nada e que trabalhava de sol a sol, debaixo do chicote do morgado ou do chicote do alcaide ou, uns séculos antes e, aí o chicote era do Clérigo – os monges do Mosteiro de Grijó -, que, eram os proprietários das terras em Canidello. E também retroceder á época medieval e ver como viveram ali o D. Pedro e a D. Inês de Castro na sua quinta dos Paçais, em cannydello. E também á época pré histórica Visigótica e ver como foram ali as lutas tribais entre aqueles e os Gregos e Cartagineses, Celtas e Iberos, Mouros e Lusitanos. Estamos no século XXII, será que estamos? Então está bem assim, é a minha época. Cada um vive na sua.
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João da Mestra
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*Parte da história desta Associação está descrita em:
http://canidelogaiaminhaterraquerida.blogspot.com/2010/08/associacao-recreativa-de-canidelo-em.html
*>EXPOSIÇÃO DO 75º ANIVERSÁRIO DO CLUBE DOS CHALADOS - ASSOCIAÇÃO RECREATIVA DE CANIDELO - VILA NOVA DE GAIA
http://canidelogaiaminhaterraquerida.blogspot.com/2010/08/exposicao-do-75-aniversario-do-clube.html
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O BURRO – (o burro do sete sêmeas)
Lá na minha terra havia um burro,
Que zurrava, zurrava, zurrava,
Sem nunca acabar, de findar, de terminar,
De zurrar, de zurrar, de zurrar.
Eu sei o que ele queria dizer,
Que estudei a língua de burro,
Mas não urro, não urro, não urro,
Porque nunca fui, nem sou burro.
Apesar de muitos mo chamarem,
Que o eram eles, sem o serem,
Que através dos tempos sempre o foram,
A mim, que nunca o fui.
E se urrar não sei,
E burro nunca fui,
Também nunca urrei, nunca urrei,
E outros que, não burros, sempre urraram.
E disto me lembrei,
Pr´a demonstrar que sei,
Colocar os verbos nos tempos;
Não sou burro e não serei.
Mas, há muitos burros por aí,
Dos outros; alguns que não aprenderam,
Nunca souberam nem quiseram,
E chamam de burros aos outros e, ao burro.
O burro zurrava, zurrava, zurrava,
Todos os dias às seis da tarde,
P´ra dar ordem de saída,
Dos trabalhadores, desgastados da lida.
Pois ele estava-lhes a dizer,
Ao zurrar, zurrar, zurrar,
Que nada fazia, ficava a ver,
Todos os dias eles a trabalhar.
Dizia: – Eu que sou burro fico em casa,
- A zurrar, a zurrar, a zurrar,
- Afinal quem é o burro?
- Não sabem que é o meu cantar?
História de ficção e verídica, em lembrança de desde menino ouvir diariamente zurrar um burro que “morava” ali, aos quatro caminhos, inicialmente nos pinhais a caminho da escola Manoel Marques Gomes, na Rua da Bélgica, Junto à Rua Cova da Bela (há cerca de cinquenta anos) e, mais tarde, junto à ilha da Varina, também na Rua da Bélgica, onde hoje se encontra a esquadra da P. S. P. – Era o burro do sete sêmeas. Se há burros que fazem falta, este é um deles, dava-nos a horas, outros nem por isso, outros nem isso nos dão, esperam que tudo lhes seja dado.
João da mestra
ESCOLAS INÊS DE CASTRO NA RUA DO MEIRAL
É manuel.se eu tenho ficado um pouco mais,teria visto tuod isso e a casa onde vç nasceu,mas está começando a idéia de estar por aí ainda este ano;será?
ResponderEliminarÉ senhor João da Mestra... Voce é muito bom naquilo que faz e gosta de fazer...
ResponderEliminarAmei tudo o que li e vi... principalmente o que voce relata sobre Canidelo - Vila Nova de Gaia.
Voce certamente alcançará seu objetivo, meu amigo!
Gostei do que li!
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