segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Associação Recreativa de Canidelo em Vila Nova de Gaia - 75º aniversário da fundação do denominado Clube dos Chalados, sito no Paço, ou Meiral

Comemora-se o 75º aniversário da Associação Recreativa de Canidelo, saudosamente denominado popularmente por CLUBE DOS CHALADOS, sita aos quatro caminhos na Rua do Meiral, antigamente denominada por PAÇO.
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Associação Recreativa de Canidelo em Vila Nova de Gaia - 75º aniversário da fundação do denominado Clube dos Chalados, sito no Paço ou Meiral, aos quatro caminhos.

Comemora-se o 75º aniversário da Associação Recreativa de Canidelo, saudosamente denominado popularmente por CLUBE DOS CHALADOS, sita aos quatro caminhos na Rua do Meiral, antigamente denominada por PAÇO.

Sua fundação remonta ao ano de 1935 e, está na origem de um saudoso grupo denominado “GRUPO DOS CHALADOS”.

A RAÍS;
Um grupo de amigos, tocadores de vários instrumentos de corda, levava a efeito anualmente uma rusga às romarias do Senhor da Pedra grande, a Miramar e, ao Senhor da Pedra pequeno, às Chouselas em Canidelo, entre outros encontros musicais a outras romarias, festas, desfolhadas e demais actos de hábitos e costumes tradicionais. Então, em 3 de Setembro de 1934, surge pela iniciativa de José Neves da Silva, Victor Oliveira e Silva, Albino Duarte e António Marques Pinto, o “Grupo OS Chalados”. Já devidamente organizado, conforme acta de 17 de Outubro de 1934, ficou alojada a sua sede algures no lugar do Verdinho desta freguesia.
Em representação deste grupo foi sua primeira porta-bandeira Inês da Mestra, numa rusga ao Senhor da Pedra, crê-se que em 1933. Inês da Mestra nasceu em 1917 e, recordo de a mesma contar que tinha 16 anos quando pessoas dos fundadores do grupo tiveram que ir pedir autorização ao seu pai e avós para que consentissem ela ser a porta-bandeira do Grupo Os Chalados.
Ficou ligado também a este grupo, Alexandre Monteiro, natural do Candal e a residir junto à capela daquele lugar. Desde 1925, ou já antes, que, a trabalhar em Canidelo, se deslocava diariamente pelo Verdinho, hoje Rua Tenente Valadim e pelo Paço, até um pouco abaixo da Igreja e da casa do Sá, onde trabalhava na sapataria do senhor Correia. A sua permanência neste Grupo Os Chalados e mais tarde Clube Recreativo Os Chalados, foi sempre sem cariz directivo.
Saliento a qualidade daqueles instrumentistas – José Neves, Victor Oliveira, Albino Duarte e António Pinto -, que, embora sendo todos amadores, fizeram com que o seu “Grupo Os Chalados” se tornasse o mais importante dos grupos musicais de Canidelo, entre outros existentes como os Malaquecos e os Primavera. Rivalizavam os grupos musicais e os tocadores entre si, principalmente entre estes mais importantes, - Malaquecos, Chalados e Primavera -, mas, também entre outros existentes, o que levava muitas vezes a desavenças e a que músicos fossem aliciados de uns para outros grupos.
Esta narrativa a devo a informações que me foram prestadas pelo Senhor Mário Nunes de Lavadores que foi tocador de cavaquinho, de banjo, de violino, de acordeão, de saxofone e de clarinete, (quem disse que é difícil aprender a tocar um instrumento?), e que fez parte de imensos grupos improvisados e de outros certos e organizados, assim como de rusgas, conjuntos musicais, bandas, sozinho ou conjuntamente com seu irmão.

O Grupo dos Chalados passou depois a situar-se no presente local, na Rua do Meiral, aos quatro caminhos. Passou também a denominar-se Clube dos Chalados.
Já em sede própria, com a ditadura do Estado Novo é obrigado a mudar a sua nomenclatura para Associação Recreativa de Canidelo e, sofre algumas repressões devido às novas leis impostas sobre a livre (?) reunião e associação, que, deixa irremediavelmente de existir. Se a sua nova sede era até ali um lugar mais espaçoso, mais amplo e aberto, onde se respirava ar puro e saudável pela amizade de todos os elementos; directores, sócios, utentes e colaboradores – músicos, teatrais e desportistas -, a mesma, o mesmo local, o mesmo espaço, passou a ser, depois, um espaço mais apertado; mais silenciado, mais vigiado, - reprimido em todos os seus actos, como nas reuniões directivas, assembleias, espectáculos e ensaios dos mesmos e em demais actividades que um clube ou associação recreativa bem dispensa e não necessita para o seu bom funcionamento.

Com o decorrer dos anos e apesar de quarenta sob as condições acima descritas a Associação Recreativa de Canidelo soube sempre alargar o âmbito de e para o qual foi criada, desenvolvendo novas actividades e, com elas, novas condições na sua sede:
Reconstruiu e alargou todo o seu interior, criou novas estruturas como; o gabinete de direcção, novo palco de maiores dimensões, salão de festas mais amplo e alargado, novo salão para jogos de bilhares livre e snooker, ping pong e cartas, sala para T V exclusiva para senhoras, novo bar snack e sala com mesas para comes e bebes. (faltam lá apenas uns banquinhos ao balcão para imitar devidamente um snack-bar).
Está em projecto e está prometido o apoio do Exmº Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Exmº Senhor Dr. Luís Filipe Meneses, para a construção de um pavilhão desportivo e consequentes novas áreas de apoio ao desporto, vestiários, sanitários e balneários e, novos salões mais espaçosos para jogos, para com isso ceder o espaço do existente às outras actividades como a teatral, musical, coros, dança e outras a criar.
Actualmente conta já com departamentos de música; no canto, coral, fanfarra e marcha e, ensino. No desporto, com andebol, karaté, atletismo, ping - pongue.
Foi já distinguido em ping - pong graças aos excepcionais elementos que sempre fizeram parte, através dos tempos, que, levaram a secção a lugares primeiros e a fama elevada.
Se esta associação foi das mais importantes como grupo de tocadores para as rusgas ao Senhor da Pedra, foi agora a vencedora, passados 74 anos, nas rusgas ao São João em Vila Nova de Gaia, no ano de 2009 e, foi classificada dentro dos três primeiros lugares diversos anos. Pelos vistos a troca do Senhor da Pedra para o São João não foi causa para desinteligências celestiais. Que assim continue. É com afinco que todos os elementos deste grupo das marchas e coros trabalham e, é com o apoio incondicional de toda a direcção e de mais colaboradores que, sem interesse cooperam.
O karaté já arrancou medalhas e prémios de terceiros, segundos e primeiros lugares, a nível Nacional, Europeu e Mundial, com várias atletas entre, Inês Monteiro, Maria João Monteiro, entre outros e, o seu mestre - Gonçalo.
O andebol, igualmente conseguiu ganhar alguns lugares de extrema importância já alguns vários anos e, são imensas as taças e medalhas que o comprovam.
É grande o empenho das/dos atletas, do karaté e do andebol, que, sempre sacrificam as suas horas de lazer que pertenciam à família, com saídas para lugares distantes, perdendo com tal, muitas vezes, inteiros fins-de-semana.
Igualmente os organizadores, directores e demais cooperantes das secções, que, sem olhar a meios, nem a horas, sacrificam, por prazer, as sua vidas. Menciono aqui porque conheço, Tomás Monteiro e, que seja em representação de todos. Não é meu dever nem intenção menosprezar ninguém.
Uma Homenagem a todos os que colaboraram duma forma altruísta através dos tempos, mesmo não pertencendo em qualquer momento a qualquer direcção, desde os tempos remotos de 1925 (?) que, antes da fundação, o grupo e as pessoas já tinham vida.
Que hoje, esta direcção Homenageie todos quantos colaboraram, participaram na feitura e no engrandecimento daquele “embrião do grupo”, que, depois deu origem ao Grupo propriamente e, posteriormente ao Clube e à Associação, através dos tempos. Normalmente se homenageiam as direcções somente, mas, são muitos mais aqueles que, sem pertencerem a qualquer corpo directivo, dão o seu esforço, as suas horas, a sua ajuda, muitas vezes a sua vida, por uma causa e, deles não reza a história, deles não fica a constar o seu nome em absolutamente lugar algum. Haveria um rol enorme de saudosas pessoas nestas mesmas condições. Não cito os nomes que pretendia, mas os lembro com saudade. Que se lembrem os actuais directores, daqueles que deram o seu esforço e não constam na história da Associação e os faça constar numa simples lápide que, pendurada na parede não ocupará espaço e fará lembrar os presentes e os vindouros de que as Grandes Obras se constroem com pessoas.
Uma Homenagem às direcções, às pessoas que as compuseram, à presente e às que passaram, que, sempre cumpriram com abnegação e zelo.
Todos com amadorismo souberam satisfazer a sua parte, de tal forma, que, esta Associação Recreativa de Canidelo chegou ao 75º aniversário.

QUE CHEGUE AO CENTÉSIMO E POR AÍ ADIANTE

João da mestra


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Sua fundação remonta ao ano de 1935 e, está na origem de um saudoso grupo denominado “GRUPO DOS CHALADOS”.


A RAÍS;
Um grupo de amigos, tocadores de vários instrumentos de corda, levava a efeito anualmente uma rusga às romarias do Senhor da Pedra grande, a Miramar e, ao Senhor da Pedra pequeno, às Chouselas em Canidelo, entre outros encontros musicais a outras romarias, festas, desfolhadas e demais actos de hábitos e costumes tradicionais. Então, em 3 de Setembro de 1934, surge pela iniciativa de José Neves da Silva, Victor Oliveira e Silva, Albino Duarte e António Marques Pinto, o “Grupo OS Chalados”. Já devidamente organizado, conforme acta de 17 de Outubro de 1934, ficou alojada a sua sede algures no lugar do Verdinho desta freguesia.





Saliento a qualidade daqueles instrumentistas – José Neves, Victor Oliveira, Albino Duarte e António Pinto -, que, embora sendo todos amadores, fizeram com que o seu “Grupo Os Chalados” se tornasse o mais importante dos grupos musicais de Canidelo, entre outros existentes como os Malaquecos e os Primavera. Rivalizavam os grupos musicais e os tocadores entre si, principalmente entre estes mais importantes, - Malaquecos, Chalados e Primavera -, mas, também entre outros existentes, o que levava muitas vezes a desavenças e a que músicos fossem aliciados de uns para outros grupos.




Em representação deste grupo foi sua primeira porta-bandeira Inês da Mestra, numa rusga ao Senhor da Pedra, crê-se que em 1933. Inês da Mestra nasceu em 1917 e, recordo de a mesma contar que tinha 16 anos quando pessoas dos fundadores do grupo tiveram que ir pedir autorização ao seu pai e avós para que consentissem ela ser a porta-bandeira do Grupo Os Chalados.








Ficou ligado também a este grupo, Alexandre Monteiro, natural do Candal e a residir junto à capela daquele lugar. Desde 1925, ou já antes, que, a trabalhar em Canidelo, se deslocava diariamente pelo Verdinho, hoje Rua Tenente Valadim e pelo Paço, até um pouco abaixo da Igreja e da casa do Sá, onde trabalhava na sapataria do senhor Correia. A sua permanência neste Grupo Os Chalados e mais tarde Clube Recreativo Os Chalados, foi sempre sem cariz directivo.





O Grupo dos Chalados passou depois a situar-se no presente local, na Rua do Meiral, aos quatro caminhos. Passou também a denominar-se Clube dos Chalados.
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Já em sede própria, com a ditadura do Estado Novo é obrigado a mudar a sua nomenclatura para Associação Recreativa de Canidelo e, sofre algumas repressões devido às novas leis impostas sobre a livre (?) reunião e associação, que, deixa irremediavelmente de existir. Se a sua nova sede era até ali um lugar mais espaçoso, mais amplo e aberto, onde se respirava ar puro e saudável pela amizade de todos os elementos; directores, sócios, utentes e colaboradores – músicos, teatrais e desportistas -, a mesma, o mesmo local, o mesmo espaço, passou a ser, depois, um espaço mais apertado; mais silenciado, mais vigiado, - reprimido em todos os seus actos, como nas reuniões directivas, assembleias, espectáculos e ensaios dos mesmos e em demais actividades que um clube ou associação recreativa bem dispensa e não necessita para o seu bom funcionamento.




















Com o decorrer dos anos e apesar de quarenta sob as condições acima descritas, a Associação Recreativa de Canidelo soube sempre alargar o âmbito de e para o qual foi criada, desenvolvendo novas actividades e, com elas, novas condições na sua sede:
Reconstruiu e alargou todo o seu interior, criou novas estruturas como; o gabinete de direcção, novo palco de maiores dimensões, salão de festas mais amplo e alargado, novo salão para jogos de bilhares livre e snooker, ping pong e cartas, sala para T V exclusiva para senhoras, novo bar snack e sala com mesas para comes e bebes. (faltam lá apenas uns banquinhos ao balcão para imitar devidamente um snack-bar).











Está em projecto e está prometido o apoio do Exmº Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Exmº Senhor Dr. Luís Filipe Meneses, para a construção de um pavilhão desportivo e consequentes novas áreas de apoio ao desporto, vestiários, sanitários e balneários e, novos salões mais espaçosos para jogos, para com isso ceder o espaço do existente às outras actividades como a teatral, musical, coros, dança e outras a criar.








Actualmente conta já com departamentos de música; no canto, coral, fanfarra e marcha e, ensino. No desporto, com andebol, karaté, atletismo, ping - pongue.
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Foi já distinguido em ping - pong graças aos excepcionais elementos que sempre fizeram parte, através dos tempos, que, levaram a secção a lugares primeiros e a fama elevada.
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Se esta associação foi das mais importantes como grupo de tocadores para as rusgas ao Senhor da Pedra, foi agora a vencedora, passados 74 anos, nas rusgas ao São João em Vila Nova de Gaia, no ano de 2009 e, foi classificada dentro dos três primeiros lugares diversos anos. Pelos vistos a troca do Senhor da Pedra para o São João não foi causa para desinteligências celestiais. Que assim continue. É com afinco que todos os elementos deste grupo das marchas e coros trabalham e, é com o apoio incondicional de toda a direcção e de mais colaboradores que, sem interesse cooperam.
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O karaté já arrancou medalhas e prémios de terceiros, segundos e primeiros lugares, a nível Nacional, Europeu e Mundial, com várias atletas entre, Inês Monteiro, Maria João Monteiro, entre outros e, o seu mestre - Gonçalo.
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O andebol, igualmente conseguiu ganhar alguns lugares de extrema importância já alguns vários anos e, são imensas as taças e medalhas que o comprovam.
É grande o empenho das/dos atletas, do karaté e do andebol, que, sempre sacrificam as suas horas de lazer que pertenciam à família, com saídas para lugares distantes, perdendo com tal, muitas vezes, inteiros fins-de-semana.
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Igualmente os organizadores, directores e demais cooperantes das secções, que, sem olhar a meios, nem a horas, sacrificam, por prazer, as sua vidas. Menciono aqui porque conheço, Tomás Monteiro e, que seja em representação de todos. Não é meu dever nem intenção menosprezar ninguém.
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Uma Homenagem a todos os que colaboraram duma forma altruísta através dos tempos, mesmo não pertencendo em qualquer momento a qualquer direcção, desde os tempos remotos de 1925 (?) que, antes da fundação, o grupo e as pessoas já tinham vida.
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Que hoje, esta direcção Homenageie todos quantos colaboraram, participaram na feitura e no engrandecimento daquele “embrião do grupo”, que, depois deu origem ao Grupo propriamente e, posteriormente ao Clube e à Associação, através dos tempos. Normalmente se homenageiam as direcções somente, mas, são muitos mais aqueles que, sem pertencerem a qualquer corpo directivo, dão o seu esforço, as suas horas, a sua ajuda, muitas vezes a sua vida, por uma causa e, deles não reza a história, deles não fica a constar o seu nome em absolutamente lugar algum. Haveria um rol enorme de saudosas pessoas nestas mesmas condições. Não cito os nomes que pretendia, mas os lembro com saudade. Que se lembrem os actuais directores, daqueles que deram o seu esforço e não constam na história da Associação e os faça constar numa simples lápide que, pendurada na parede não ocupará espaço e fará lembrar os presentes e os vindouros de que as Grandes Obras se constroem com pessoas.




Uma Homenagem às direcções, às pessoas que as compuseram, à presente e às que passaram, que, sempre cumpriram com abnegação e zelo.






Todos com amadorismo souberam satisfazer a sua parte, de tal forma, que, esta Associação Recreativa de Canidelo chegou ao 75º aniversário.

QUE CHEGUE AO CENTÉSIMO E POR AÍ ADIANTE

João da mestra




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