com o rio de entremeio
Praia do Cabedelo em Canidelo - Vila Nova de Gaia
Conjunto das Pedras Altas; Pedra da Pala, Pedra do escorrega
*
Aquilo que poderá ter sido um santuário rupestre, um monumento megalítico ou um qualquer recinto sagrado, não passa actualmente de um montão de penedos, que, mais ou menos cobertos pelas areias em constante movimento provocado pela ondulação do mar, está sem qualquer protecção, à mercê de quaisquer actos de vandalismo. Difícil é, também, acautelarem-se prejuízos para tal monumento (!), uma vez tão próximo da linha de água está e, até em ocasiões de marés vivas, pela investida que lhes causam.
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Já eu por uma destas pedras escorreguei, há cerca de cinquenta e cinco anos, não fazendo a mínima ideia de que estava a sentar os fundilhos numa pedra porventura milagrosa – sagrada. Sei sim, que, um milagre ocorria sempre; ficava com os fundilhos das calças rompidos e as peles nadegueiras deveras escaldada, primeiro pelo escorrega, que, não teve a fiscalização do ASAE e, depois, ao chegar junto dos progenitores.
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Aqui, passeou a Moira mais bela do povoado Sarraceno, que, habitava estas terras anteriormente à Nacionalidade. Encantada pela beleza do Cabedelo e pelas florestas de Canidelo, nestas areias se embrenhou:
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Moira bela, encantada
/
Moira das Pedras Altas,
Beleza tanta tu exaltas.
O que fizeste por estas terras?
Ainda os homens desesperas.
/
Vieste da Mouraria,
Apanhar sol todo o dia,
Para este Cabedelo,
Há milénios, p´ra Canidelo.
/
Beleza tanta tu exaltas.
O que fizeste por estas terras?
Ainda os homens desesperas.
/
Vieste da Mouraria,
Apanhar sol todo o dia,
Para este Cabedelo,
Há milénios, p´ra Canidelo.
/
Moira bela, encantada,
Aqui ficaste junto às pedras,
A divertir a criançada,
Que hoje se lembram como eras.
/
Naquele tempo de outrora,
Em que a única diversão,
Eras tu, escorregão,
Aqui ficaste junto às pedras,
A divertir a criançada,
Que hoje se lembram como eras.
/
Naquele tempo de outrora,
Em que a única diversão,
Eras tu, escorregão,
Do Jaquim, do Manel e do João.
/
Moira, de longos cabelos oiro,
Teu coração é um tesoiro,
Que encerra a recordação,
Daquele viver de então.
Teu coração é um tesoiro,
Que encerra a recordação,
Daquele viver de então.
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João da Mestra
Majosilveiro
ResponderEliminarÉ sempre bom conh. coisas bonitas c esta.
Obrig. por divulgar este bem precioso.
Um Abraço.
*Jacarée; precisamente no mesmíssimo segundo de entrar o seu comentário eu estava a acrescentar algumas fotos, pelo que, poderá não ter visto esta conforme exactamente está agora. Obrigado pelas suas palavras e pela visita. Abraço
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ResponderEliminarFilipe Nelson para mim -
18:34 (há 16 horas)
data 26 de Junho de 2010 18:34
assuntoRe: De S. Paio ao Cabedelo
enviado porgmail.com
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http://canidelogaiaminhaterraquerida.blogspot.com/
Sr. Monteiro,parabens,por permitir,que visionasse,tanta beleza.
Cumprimentos.
Nelson.
Os comentários que me são enviados por amail não ficam registados neste local de comentários, pelo que, transferi o comentário do amigo Filipe Nelson:
ResponderEliminardeFilipe Nelson
paraManuel Monteiro
data29 de Junho de 2010 16:32
assuntoRe: Poema à Moira
enviado porgmail.com
assinada porgmail.com
ocultar detalhes16:32 (há 4 horas)
Sr Monteiro a bela moira, mais nao e, do que a nostalgia da juventude perdida, mas e feliz,ao contrario, de Florbela Espanca,quando amargurada lamenta-se,de ao ter tido uma vida curta nao lhe permitir recordar o passado.
Cumprimentos.
nelson.
Olá meu amigo João da Mestra... Majosilveiro... Manuel João Monteiro...
ResponderEliminarAqui estou eu mais uma vez visitando a linda praia de Cabedelo... e me deleitando com seu poema...
Não é só a "MOIRA"que se encantou com o Cabedelo.
ResponderEliminarO Cabedelo encanta todos os que conhecem este local fantástico da nossa terra.A sua beleza,e a vista para o Porto fascinam quem lá vai.
As imagens do Blog de @ Canidelo Gaia Minha Terra Querida,ilustram bem o que digo,e ainda mais o que escreve Majosilveiro/João da Mestra.